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Náufrago manteve corpo de amigo morto por medo de solidão

O pescador que sobreviveu mais de um ano no mar após um naufrágio no Oceano Pacífico revelou, pela primeira vez, detalhes da morte de seu amigo. Jose Salvador Alvarenga, de 36 anos, chocou o mundo ao ficar 438 dias desaparecido, e ser encontrado numa ilha remota em janeiro do ano passado. O pescador de El Salvador estava acompanhado de Ezequiel Cordoba, de 22 anos, que morreu após quatro meses no mar porque comeu aves marinhas. Em mais de 40 entrevistas para um jornalista do “The Guardian”, ele contou como os dois lutaram pela vida. Eles precisaram desenvolver métodos engenhosos para capturar peixes, aves e até mesmo uma tartarugas. Alvarenga pescava peixes com as próprias mãos. “Eu estava com tanta fome que eu estava comendo minhas próprias unhas, engolindo todos os pequenos pedaços”, contou. Cordoba tinha recebido 50 dólares para o trabalho com o pescador. Ele ficou doente após comer aves marinhas, e passou a se recusar a comer. Ele morreu após tirar um cochilo. Durante seis dias Alvarenga ficou com o corpo do amigo no barco e falava com ele porque não aguentava a solidão. Ele disse que perguntava “Como foi o seu sono?” e “Você já tomou café da manhã?”, se recusando a aceitar a tragédia. Até que ele aceitou o que tinha acontecido e jogou o corpo do companheiro na água. “Eu convidei ele para pescar. Eu me culpava por sua morte”, disse.