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Mariposas invadem Teixeira de Freitas e causam transtornos

Teixeira de Freitas está sendo mais uma cidade do extremo sul baiano a sofrer com a invasão de mariposas brancas. O Sulbahianews percorreu as ruas da cidade nesta terça-feira, 15 de setembro, e registrou alguns dos impactos dessa praga. Na Avenida Getúlio Vargas foi possível observar que as mariposas ocupam as árvores, postes de luz e paredes de alguns comércios. As mariposas também invadiram o Centro de Esportes e Lazer Liomar Mota da Silva, que foi obrigado a cancelar as atividades na piscina por conta da sujeira. De acordo com Vilson Campos, coordenador do Centro, foram canceladas as aulas de natação por motivos de segurança, isso por que as mariposas soltam um pó branco dentro da piscina que pode prejudicar a saúde das pessoas. Ele fala que todas as noites grande quantidade das mariposas se concentram no Centro, por conta da luminosidade. Vilson disse ainda que irá jogar um remédio para combater, um lagarticida, “se amanhã continuar não terá condições de ter aula novamente”. 

Ele ainda diz que há três meses houve um surto de mariposas e foi realizado um combate diretamente nas larvas que elas soltam, colocando veneno, mas nos últimos dias elas voltaram. Elodir Denadal, proprietário de restaurante na BR 101, dentro de Teixeira de Freitas, disse que essas mariposas apareceram em um número maior há uns cinco dias, e tem atrapalhado os trabalhos no restaurante, durante a noite, o número de insetos ainda é maior. “O mau cheiro incomoda a todos que querem se alimentar e não há nada que os trabalhadores façam que suma com elas”, disse Elodir. Segundo Elodir ele tem lavado de duas a três vezes por dia toda a parte de fora do restaurante, para diminuir o mau cheiro, além de aplicar inseticidas. Alguns funcionários apresentaram alergia por conta do pó que as mariposas soltam. Ele diz que ficou sabendo que as mariposas saíram do campo, da região de plantio de eucalipto e invadiram a cidade, mas essa não é uma informação confirmada pela equipe ambiental da cidade. 

Adriano Frederico Donati, fiscal de preservação ambiental de Teixeira e biólogo, explica que a mariposa branca tem o nome científico Grapholita molesta, tem ampla abrangência, tanto nacional, quanto mundial, e se encontra espalhada em todo o globo. “Apesar da distribuição espacial da mariposa ser ampla, estamos observando que no extremo sul está acontecendo uma infestação além do natural, que começou em cidades litorâneas e agora acontece em Teixeira de Freitas”, disse o biólogo, lembrando as cidades de Prado, Nova Viçosa, entre outras que sofreram com essa praga. “Fica claro que está acontecendo um desequilíbrio ambiental dessa espécie, mas seria necessário um estudo maior para descobrir as causas desse desequilíbrio”, disse Adriano. A Secretaria de Meio Ambiente só pode ajudar na veiculação de informação, e a única coisa que possa ser feita é a limpeza, retirando os ovos para que eles não eclodam. 

Sobre as pessoas que apresentaram alergia, o biólogo afirma que a mariposa solta um pó que causa irritação na pele e nos olhos, principalmente, quando o ovo está eclodindo. Não é recomendado usar um pesticida, pois ainda não há estudos sobre como controlar a praga de mariposas em nossa região, e o uso de venenos poderia ocasionar o erro, e nos fazer mal. Adriano informa que, quem puder adquirir nas lojas, há um aparelho que emite luz negra e tem uma proteção eletrificada que seria uma medida profilática para diminuir a praga das mariposas, pois elas seriam atraídas pela luz e morreriam eletrificadas.