A CPI da Petrobras tem agendados dois depoimentos nesta quinta-feira, na
terceira reunião de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Falarão aos parlamentares o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. O
peemedebista é um dos parlamentares investigados na Operação Lava Jato,
que trouxe à luz o petrolão. Cunha teria recebido propina das mãos de um
emissário do doleiro Alberto Yousseff. Ele nega. O depoimento do
presidente da Câmara está marcado para as 9h30. Em seguida, os
parlamentares também ouvirão Gabrielli, que presidiu a estatal entre
2005 e 2012, quando, segundo os delatores, o esquema de corrupção estava
em pleno funcionamento. Apesar das suspeitas, o depoimento não tem um
potencial explosivo comparável ao de Pedro Barusco, ex-gerente da
Petrobras que falou à CPI na última terça-feira e confirmou o pagamento
de propina ao PT. No cronograma elaborado pelo relator Luiz Sérgio
(PT-RJ), Gabrielli seria o primeiro a depor. Os membros da CPI
consentiram, entretanto, em alterar a ordem prevista para ouvir
primeiramente Barusco, considerado uma testemunha-chave do caso. Cunha
também ganhou prioridade porque se voluntariou para ser inquirido. A CPI
da Petrobras só deve votar novos requerimentos na semana que vem. A
oposição deve pressionar pela realização de uma acareação entre Pedro
Barusco, o ex-diretor Renato Duque e o tesoureiro do PT, João Vaccari
Neto. (Veja)