O atual presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi escolhido
para comandar a Petrobras no lugar de Graça Foster. O governo havia
informado que o Conselho de Administração da estatal se reuniria às 9h
desta sexta-feira para escolher um nome que agradasse não só ao mercado,
mas também que fosse alinhado à equipe de Dilma Rousseff. Contudo, a
decisão saiu do Palácio do Planalto e não deve passar por crivo dos
conselheiros. Trata-se, tudo indica, de uma escolha pessoal de Dilma que
não corresponde, exatamente, ao que espera o mercado financeiro. As
expectativas eram de que a presidente optasse por um nome técnico do
setor de óleo e gás. Caberá ao novo presidente, escolhido às pressas,
selecionar os executivos que devem compor a diretoria da estatal, que
renunciou na última quarta-feira. Bendine é funcionário de carreira do
BB. Entrou como estagiário e assumiu a presidência da instituição em
abril de 2009, substituindo Antônio Francisco Lima Neto. Nos últimos
meses, sua saída da instituição era dada como certa depois que seu
ex-motorista afirmou ao Ministério Público Federal que teria realizado
diversos pagamentos em dinheiro vivo a pedido do patrão. Em janeiro, a
Casa Civil exonerou Paulo Rogério Caffarelli do cargo de secretário
executivo adjunto do Ministério da Fazenda. Ele é um dos cotados para
comandar o Banco do Brasil neste segundo mandato da presidente Dilma
Rousseff. O mercado não recebeu bem a possível escolha de Bendine e as
ações da Petrobras despencam mais de 5% nesta manhã de sexta-feira.
(Veja)