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Açúcar, mais que o sal, é o vilão da pressão alta, dizem médicos

Os programas alimentares voltados para reduzir a pressão arterial costumam focar na redução do consumo do sal. Mais do que cortar o sal, as pessoas deveriam tirar da mesa alimentos industrializados enriquecidos com açúcar. Essa é a constatação de um estudo feito por médicos americanos da Faculdade de Medicina Albert Einstein, nos Estados Unidos, e publicado nesta quarta-feira no periódico BMJ. Doenças cardiovasculares, como o infarto e o derrame, são a causa de morte número um no mundo. Um dos principais fatores de risco para elas é a pressão arterial elevada, que atinge um em cada cinco brasileiros, de acordo com um levantamento do IBGE divulgado na quarta-feira. Para esse grupo de médicos americanos, a queda na pressão arterial proporcionada pela redução no consumo de sal é “relativamente pequena”, e há evidências de que consumir de 3 a 6 gramas de sal por dia faz bem à saúde, e de que ingerir de menos de 3 gramas é prejudicial ao organismo. No artigo, eles dizem que a maioria do sal da dieta é obtido por meio de comidas processadas, também ricas em açúcar. “O açúcar pode estar mais relacionado à pressão arterial do que o sódio. Evidências científicas, estudos populacionais e ensaios clínicos revelam que o açúcar, particularmente a frutose, é o protagonista do desenvolvimento da hipertensão”, escreveram os autores. Os médicos condenam especialmente o xarope de milho, adoçante comum em sucos industrializados e refrigerantes. Eles afirmam que uma ingestão diária de mais de 74 gramas de frutose está associada com um risco 30% maior de ter pressão acima de 14 por 9, e 77% maior de ter pressão superior a 16 por 10. Uma alimentação rica em frutose também está relacionada à elevação do colesterol, altos índices de insulina e risco de síndrome metabólica. Os autores enfatizam que o açúcar natural encontrado em frutas e vegetais não é prejudicial à saúde. Ao contrário, comer frutas e vegetais certamente faz bem ao organismo. (Estadão)