Uma equipe do SBT foi assaltada e teve um carro depredado durante manifestação contra a Copa do Mundo no Tatuapé, zona leste de São Paulo, nesta quinta-feira (12). Por volta do meio-dia, cerca de 300 manifestantes anti-Copa entraram em confronto com a Polícia Militar na estação Carrão da Linha 3 (Vermelha). Uma parte deles se dispersou, encontrou o carro do SBT atrás da estação Tatuapé e começou a depredar o veículo. A equipe, formada pelo repórter Sid Marcus e o cinegrafista Aílton Silva, tinha estacionado o carro para gravar uma reportagem dentro do metrô, percorrendo o trajeto até a Arena Corinthians, estádio de abertura da Copa. Os manifestantes jogaram coquetel molotov e quebraram o vidro dianteiro do carro com uma cadeira. Eles arrombaram o veículo e roubaram uma câmera e a mochila com os documentos do cinegrafista Aílton Silva, além do celular do motorista, que ficou em estado de choque. O assistente de câmera Douglas Barbieri foi ferido por estilhaços de bomba. Um cinegrafista amador entrou em contato com a Redação de jornalismo da emissora e relatou os atos de vandalismo. O SBT registrou boletim de ocorrência no 30° Distrito Policial, no Tatuapé. Um pouco antes, mas em consequência da mesma manifestação, estilhaços de bomba atingiram as jornalistas Barbara Arvanitidis e Shasta Darlington, da CNN. Balas de borracha feriram o jornalista argentino Rodrigo Adb, da agência de notícias Associated Press, e uma repórter de uma equipe de TV francesa. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) emitiu nota repudiando "a violência cometida por policiais militares" durante as manifestações. "É inaceitável que, a pretexto de conter protestos durante a Copa do Mundo, a polícia empregue métodos violentos contra jornalistas, impedindo-os de exercer sua função profissional. Da mesma forma, são intoleráveis ataques de manifestantes contra a imprensa", comunicou a entidade.