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Juiz descarta candomblé e umbanda não são religiões , seguidores protestam contra decisão

O despacho do juiz Eugenio Rosa de Araújo não caiu bem entre os adeptos do candomblé e da umbanda. Ao negar uma ação que pedia a retirada da web de vídeos considerados intolerantes, o magistrado alegou que “manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem como religião”. Foi a deixa para que baixasse a revolta nos que destinam sua fé a orixás e divindades afins. Coube ao Ministério Público Federal (MPF), ao apelar a uma instância superior, a tarefa de fugir da encruzilhada.Na noite desta sexta-feira, mais de cem adeptos da umbanda, do candomblé e do espiritismo reuniram-se em frente à Assembleia Legislativa do Rio, no Centro da cidade, para questionar a postura do juiz. O ato foi organizado pelo Centro de Referência Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana.— Como ele escreve e assina uma coisa dessas? Estamos indignados — disparou Mãe Juçara de Iemanjá, de 60 anos, acrescentando:— Esse evento é em prol da liberdade religiosa. Queremos poder caminhar na rua com nossas roupas, nossos fios de ponta. Andar sem nos olharem de um jeito esquisito… Independentemente da religião, somos seres humanos.Para justificar sua decisão, o juiz Eugenio Rosa argumentou que, para configurar-se uma religião, é preciso haver “um texto base (corão, bíblia, etc)”. Além disso, o magistrado também cita a “ausência de estrutura hierárquica e a ausência de um Deus a ser venerado” nos cultos afro-brasileiros para sustentar sua tese.— Como não temos um deus? Temos vários deuses e deusas. Nossa religião vem de antes de Cristo. Quando ele chegou ao mundo, já havia religiões de matriz africana — explicou Mãe Juçara.


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