Uli Hoeness em reunião da diretoria do Bayern, no fim de 2013, em Munique (Alexander Hassenstein/Bongarts)sCondenado a três anos e meio de prisão por evasão fiscal, na quinta-feira, o presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, renunciou ao cargo na manhã desta sexta. O cartola, que foi ídolo do Bayern e da seleção alemã como jogador, surpreendeu ao anunciar que não recorrerá da sentença e que aceita cumprir a pena. Ele escreveu uma carta para explicar suas decisões. O texto foi publicado no site oficial do Bayern. "Tenho a honra de renunciar aos cargos de presidente do Bayern de Munique e de presidente do Conselho de Supervisão do clube, com efeito imediato. Ao fazer isso, gostaria de evitar mais danos ao meu clube. O Bayern é o trabalho da minha vida, e sempre será", escreveu Hoeness.Depois de desviar quase 30 milhões de euros, o equivalente a 98 milhões de reais, Hoeness, que admitiu a fraude fiscal, foi condenado pelo Tribunal Distrital de Munique. Depois do anúncio da sentença, seus advogados diziam que já estavam preparando um recurso, mas o cartola pediu a eles que não entrassem com o pedido de revisão do caso. "Depois de conversar com minha família, decidi aceitar a decisão. Instruí meus representantes a não apelarem contra o veredicto, representando minha compreensão de integridade, decência e responsabilidade social. Sonegar impostos foi o maior erro da minha vida, e aceito as consequências", afirmou o alemão de 62 anos, que depois de ser jogador virou empresário.