Porto Seguro amanheceu ontem sem ônibus circulando nas ruas. Motoristas que fazem o transporte de lotação bloqueiaram, desde a madrugada, a saída dos coletivos da garagem da Viação Cidade de Porto Seguro, responsável pelo transporte urbano no município. No final da tarde de segunda-feira, eles já haviam interditado, por algumas horas, a circulação de veículos no Trevo do Cabral, no centro.
Os manifestantes exigem a libertação de cinco colegas que foram presos e tiveram seus veículos apreendidos, na manhã de segunda-feira, durante blitz de fiscalização para coibir o transporte ilegal de passageiros. Segundo Adriano de Brito, integrante da Cooperativa de Transporte Alternativo Urbano e Intermunicipal de Porto Seguro (COOPTAUIPS), uma das duas que operam em Porto Seguro, até o final da manhã nenhuma autoridade havia comparecido ao local do protesto, no bairro Fontana I, para negociar com a categoria.
Ele salientou que em nenhum momento os funcionários da empresa de ônibus foram agredidos ou ameaçados, nem houve qualquer dano ao patrimônio da empresa. A Polícia Militar permaneceu em frente à garagem da Viação Cidade de Porto Seguro para garantir a segurança.
Sem ônibus, a população e os turistas tiveram que recorrer aos mototáxis e aos táxis para chegar ao seu destino. Algumas escolas, como o Cepac, no Centro, liberaram os alunos mais cedo.
Alguns motoristas de carro de passeio aproveitaram para lucrar com a situação, cobrando até R$ 5,00 por passageiro – o dobro do preço da passagem, que é R$ 2,50 - para fazer lotação. Adriano de Brito alertou, porém, que essas pessoas não fazem parte das cooperativas de transporte alternativo. “Nenhum carro das cooperativas estava circulando ontem, em solidariedade aos colegas presos”, disse Adriano. Os ônibus da Expresso Brasileiro, que fazem o transporte coletivo intermunicipal para Cabrália, circularam normalmente.