Condenada a 38 anos de prisão pela morte dos
pais em outubro de 2002, a ex-estudante Suzane von Richthofen casou-se com a
detenta Sandra Regina Gomes, condenada a 27 anos, pelo sequestro de uma
empresária em São Paulo. A união foi oficializada em setembro deste ano e,
agora, o casal está na ala das presas casadas, onde divide espaço com mais oito
casais. Suzane está no presídio de Tremembé, no interior paulista e para poder
dormir com sua companheira, a ex-estudante teve de assinar um documento de
reconhecimento de relacionamento afetivo, exigido para todas as presas que
resolvem viver juntas. Em Tremembé, esse documento funciona com uma certidão de
casamento. Permite o convívio marital, mas também impõe algumas regras de
convivência aos casais. Após assinatura desse compromisso, por exemplo, caso se
separe, a presa não poderá voltar à cela especial – única destinada a casais
–num prazo de seis meses. No começo deste ano, Sandra havia se casado com a
também famosa Elize Matsunaga, presa pela morte e esquartejamento do marido
Marcos Kitano Matsunaga, 41, em junho de 2012. O relacionamento entre Elize e
Sandra terminou, segundo relato de pessoas ligadas ao ex-casal, justamente em
razão de Suzane. As três trabalhavam na fábrica de roupas da prisão, onde Suzane
ocupa cargo de chefia. O triângulo amoroso rompeu a amizade entre elas. A nova
relação é apontada como um dos motivos para Suzane ter aberto mão do direito de
passar os dias fora da prisão. Em agosto passado, a juíza Sueli de Oliveira
Armani, de Taubaté (a 140 km de São Paulo), concedeu a chamada "progressão de
regime". Os advogados tentavam essa decisão desde final de 2008 e começo de
2009. Suzane pediu à magistrada para adiar sua ida para o regime semiaberto.
Pessoas que conversaram com Suzane recentemente afirmam que ela pretendia fazer
uma cerimônia no começo de novembro para comemorar sua união. Tinha escolhido
até padrinhos. Suzane soube que uma TV preparava uma reportagem sobre ela. E,
com medo de expor a relação, adiou o evento. Com informações do Jornal Folha de
São Paulo.